segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

2019 Forte


Em termos de qualidade cinematográfica, este ano vem compensando o ano passado.

Eu já havia comentado aqui no blog sobre o filme Era Uma Vez em... Hollywood. E durante o ano eu também vi outros bons filmes como, exemplo, O Irlandês, Dor e Glória, The Last Black Man in San Francisco.

A lista de bons filmes inclui o documentário Apollo 11. Para as indicações do Oscar, que serão divulgadas em janeiro, eu gostaria que Apollo 11 fosse o primeiro documentário em 25 anos a ser indicado na categoria Montagem. E também na categoria Documentário, naturalmente.

Em relação aos filmes de língua não inglesa, desde o festival de Cannes, em maio, já se sabia que um desses dois filmes seria escolhido para representar o Brasil no Oscar como Filme Internacional: Bacurau ou A Vida Invisível. E muito se fala que, seja qual fosse o filme escolhido, esta seria a melhor chance em anos que o Brasil tem de ganhar.

Eu sempre discordei disso, pois, além do filme Dor e Glória (Espanha), eu também já assisti aos filmes: Atlantique (Senegal) que, além de Filme Internacional, merece muito uma indicação para Fotografia também. E o melhor filme de todos: Parasite (Coreia do Sul), que eu acredito que receberá indicações, não apenas para Filme Internacional, mas também para Filme, Diretor, Roteiro Original, Fotografia e Montagem.

É bem verdade que também teve filmes que eu não gostei tanto, como Ford vs Ferrari, Rocketman e Coringa. Sobre esse último, normalmente eu não assisto filmes de super herói; só quando (se) é indicado para alguma coisa no Oscar – gosto de formar opinião sobre qual eu prefiro em cada categoria. Mas Coringa não é (super) herói, pelo contrário - nesse filme é muito pelo contrário. Mas é o mesmo universo dos super heróis.

2019 está quase acabando, mas ainda há outros filmes para eu ver, independente de serem lembrados ou não para premiações ou indicações: The Two Popes, 1917, Judy, The Lighthouse, Portrait of a Lady on Fire, Marriage Story, Monos, Bombshell.




sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Era Uma Vez...

Essas são palavras que anunciam uma história que está prestes a ser contada. E, ao menos para mim, essas mesmas palavras sempre tiveram um significado de páginas em branco - páginas físicas ou imaginárias - que podem ser preenchidas das mais variadas maneiras.

Acredito que um filme deva ser avaliado de acordo com a sua proposta. E, se por um lado Era Uma Vez em... Hollywood não tem a proposta que se espera, por outro lado não há como não admirar a ideologia da história que o filme se propõe a contar. São relatos de personagens fictícios contados paralelamente às histórias de personalidades verídicas, e como tudo se encontra no ato final. Geralmente há licença dramática em qualquer arte da escrita baseada em fatos. Mas, nesse caso, eu diria que o seguinte: não é fato com licenças dramáticas, mas sim licenças dramáticas com fato (se eu não estiver sendo muito claro, para quem não viu o filme, é melhor que seja assim). Um exemplo disso é que toda a atmosfera de perigo e a violência do estilo do diretor/roteirista realmente estão no filme, mas são manifestadas através dessa criatividade.

Sobre os aspectos artísticos e técnicos, todo o filme tem ótima qualidade, incluindo sacadas de diálogos. Mas aqui eu destaco especialmente o trabalho do Tarantino como diretor, a atuação do DiCaprio, a direção de arte e a fotografia.






sábado, 10 de agosto de 2019

Máquina do Tempo (4)

Sharon Tate era uma atriz que trabalhou em filmes como O Vale das Bonecas, O Olho do Diabo, Arma Secreta contra Matt Helm, A Dança dos Vampiros, entre outros. Mas a atriz é conhecida principalmente por um episódio trágico ocorrido no final dos anos 60.

Vários anos atrás eu havia pesquisado sobre a sua vida e vi coisas que eu achei bem interessantes. Mas também coisas sobre as quais eu preferia não ter tomado conhecimento por conta daquele episódio. Quando foi divulgado, há 2 anos, que Quentin Tarantino ia fazer um filme sobre a atriz (Era Uma Vez em Hollywood vai estrear esta semana), achei que ia ser um filme pesado demais, principalmente em se tratando de Tarantino. A informação que eu sei é que a carreira de Sharon Tate é uma parte da história do filme.

Eu não sei se o conteúdo deste parágrafo é ou não um spoiler para quem não conhece os fatos. Mas o episódio em questão é quando Sharon e amigos foram vítimas de integrantes do bando de Charles Manson - seguidores e seguidoras de sua seita - na casa dela e de seu marido, Roman Polanski, após uma festa, em Los Angeles. Evidentemente Polanski não estava lá quando aconteceu.

Quando eu soube do projeto para esse filme, achei que seria muito dark, mas um dos trailers não é. Ou o trailer que eu vi mostra só o lado bonito da história da atriz, assim como o vídeo abaixo, um dos vários tipos de  materiais da minha antiga pesquisa. O vídeo, que fala sobre o início de sua curta carreira, faz parte dos extras do dvd do filme A Dança dos Vampiros (não qualquer dvd do filme, e sim a edição de dvd que tem esta capa - no menu tem que procurar, pois é uma das "surpresas escondidas no disco"). Este é o pequeno documentário feito em 1966, três anos antes.







segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Somente no Viva

Em outro post, eu disse que não venho tendo interesse em ver novela desde 2012. Da época do post para cá, a novela das nove mudou, mas o meu desinteresse continua, independente do que muitas pessoas vêm dizendo sobre essa novela em exibição atualmente - homenagem ou plágio? Dizem que a trama principal é inspirada nas novelas Vale Tudo e Rainha da Sucata; que a personagem principal é um misto das personagens Raquel Accioli e Maria do Carmo; e que também tem uma das subtramas inspirada em O Dono do Mundo. Eu não estou a par disso. Mas, pelas chamadas dos capítulos que eu às vezes vejo passar na TV, ao menos em relação a Vale Tudo posso dizer que isso é bem verdade.

O meu desinteresse por novelas também estende-se à TV a cabo; até agora. Uma reprise que muitas pessoas - incluindo eu - esperavam vai realmente acontecer. Agora vou saber se a novela Selva de Pedra é realmente uma que eu gosto. Porque uma coisa é, em 1986, eu ter visto em média três capítulos por semana. Outra coisa bem diferente é eu rever hoje em dia, em breve. Haverá horário alternativo, além do site do canal.





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Atualização:

Após "rever" Selva de Pedra, eu não tive vontade de escrever a respeito. Muito tempo depois do término da novela, o Youtube me recomendou um vídeo daquela época no qual uma moça fala impressões sobre a novela, que, em termos de qualidade, representam bem a minha opinião. Abaixo está o link do vídeo:





terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

2018 fraco


A "safra" do ano passado foi das piores para cinema dos últimos tempos – na verdade, as três últimas, o que vem me tirando um pouco o interesse em ver as cerimônias de premiações. Mesmo assim todo ano eu vejo.

Por exemplo: para a categoria de ator em papel principal, eu não tenho nenhuma expectativa. Os dois que são favoritos para ganhar o prêmio são atores que investiram em nada mais que apenas mudanças físicas para compor seus personagens verídicos. Esses atores são Christian Bale e Rami Malek (aliás, uma coisa que eu venho dizendo há um bom tempo: as pessoas – principalmente os votantes - vêm confundindo atuação com cosplay. O trabalho de ator não é composto apenas por maquiagem e outros recursos externos. Nos casos de atuações que requerem mudança física, personagem verídico ou não, isso deve ser uma forma de auxiliar o que é o verdadeiro trabalho de atuar, que é uma arte que vem de dentro para fora. Um bom exemplo de como isso deve ser é o vencedor do ano passado, Gary Oldman, por O Destino de Uma Nação. Mas o que é provavelmente o melhor e mais admirável exemplo desse tipo de atuação é o trabalho de Ben Kingsley no filme Gandhi. Uma atuação fora do comum).

Voltando para os indicados deste ano para ator, eu também vi as atuações de Bradley Cooper e Viggo Mortensen, que também não são casos para premiação. O único dos concorrentes que eu não vi é o Willem Dafoe que interpretou o pintor Vincent Van Gogh. Mas eu verei o filme.

Há poucas categorias nas quais eu tenho uma preferência, os que eu gostaria de ver como os vencedores. São elas:


- Montagem: Infiltrado na Klan

- Figurino: Pantera Negra

- Fotografia: Roma

- Filme Estrangeiro: Guerra Fria (Polônia)

- Roteiro Adaptado: Infiltrado na Klan

- Atriz: Glenn Close (A Esposa)

- Melhor Filme: Infiltrado na Klan


Agora é ver se alguma dessas premiações vai acontecer.





terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Máquina do Tempo (3)


Uma das músicas mais tocadas nos anos 80.





sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

A cuidadosa arte de recomendar filmes

Há muito tempo eu fiz uma série de posts falando sobre as etapas da produção do cinema e quais filmes eu considero os melhores em cada um desses quesitos. O primeiro foi sobre roteiro original. A ideia era que também fossem recomendações de filmes. Em algumas daquelas publicações, diferentes motivos me fizeram não citar alguns filmes - razões que vão além da arte cinematográfica (embora eu tenha colocado breves trechos de alguns desses filmes no vídeo "Filtro Solar Cinematográfico", de 2011, que teve uma proposta diferente).

Os títulos que eu havia mencionado não foram listas alternativas; foram alguns deles, a maior parte dos filmes que eu considero os melhores de cada etapa de produção. Na verdade, dentre aqueles títulos também tem alguns que são meio complicados de recomendar, mas não dava para deixar de mencioná-los, ao menos não nos quesitos onde eu os citei.

Eu havia feito um post listando os outros títulos; sem publicá-lo. Agora eu resolvi fazer menção a esses filmes, artística e tecnicamente falando.