Mais uma novela acabou, e, desta vez, valeu a pena acompanhar. O primeiro capítulo foi excelente, os capítulos que se seguiram e cada congelada de imagem geraram suspense. O autor realmente evoluiu muito nas duas últimas novelas que escreveu.
Porém, faço algumas ressalvas. Achei que vingança de Nina ficou arrastada demais, e ela ficou tempo demais na principal casa do Divino, disfarçada de doméstica. Não achei que esta fase duraria tanto tempo, onde os personagens de alguma forma se relacionavam com os outros personagens do núcleo secundário. Poucas vezes eu vi tantos personagens que marcaram tanto em uma só novela.
Acabamos de ver o último capítulo, que eu achei que teve qualidade abaixo da novela como um todo. Mais uma vez o famoso e batido "quem matou?", moda que realmente pegou, e muito, depois de Vale Tudo, que também havia lançado a moda do casal mal caráter (Fátima e César) - aliás, a mudança de personalidade da Carminha foi meio difícil de acreditar.
Nas últimas semanas, algumas coisas foram claramente inspiradas em Vale Tudo - ou até copiadas mesmo. Realmente valeu a pena acompanhar Avenida Brasil, que no geral foi uma novela que teve sua própria personalidade, além da ótima qualidade. Por outro lado, já faz uns dois ou três meses que eu tenho a opinião que, apesar da qualidade, não é uma novela que eu vá querer ver de novo um dia.
Tendo acabado de terminar, fica agora a minha falta de perspectiva de quando eu irei acompanhar outra novamente. Tão cedo não vai ser, porque, depois desta próxima novela das nove que vai começar agora, a outra das nove será do Manoel Carlos. Então pelo jeito eu só verei novela de novo em 2014, e olhe lá.
Ultimamente estão investindo em refilmagens, o que não me agrada. Ok, se não tivessem feito a refilmagem de Selva de Pedra eu não teria conhecido aquela ótima novela. Mas aquela foi uma absoluta exceção.
Voltando à Avenida Brasil, em relação aos últimos capítulos, eu não gosto desse tipo de "mistério" em que você sabe que quem cometeu o crime foi um dos personagens de um pequeno grupo de pessoas, como aconteceu naquela Passione.
Eu prefiro aquele tipo que não foca em poucas pessoas, e que, quando você descobre quem foi, é algo verdadeiramente surpreendente. Como foi o caso de (novamente) Vale Tudo. Cito aquela novela porque em 1988/89 esse tipo de mistério, a revelação e a repercussão foram total novidades na época, como vale a pena recordar no video do link na imagem abaixo. (vejam quem estava completando 31 aninhos naquela época).

